ÁRVORES
É preciso aprender. As árvores de Inverno.
Geladas até às raízes.
Impassíveis cortinas.
É preciso aprender este risco,
onde fumado se faz o cristal,
e nada a árvore em nevoeiro, qual
o corpo numa lembrança.
E atrás das árvores o rio,
asas mudas de selvagens patos,
a brancura cega e azul da noite,
com seus objectos encapuzados;
é preciso aprender aqui os
das árvores indizíveis actos.
Nemes Nagy Ágnes
(1922-1991)
Hungria
TRAD.:ERNESTO RODRIGUES
ROSA DO MUNDO
2001 poemas para o futuro
Assírio & Alvim
3ª edição
2001
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