Shelley relatou sua versão da gênese da história no prefácio à terceira edição de seu romance. ................................. O nome da Criatura
Mary Shelley completou o romance em 1817 e Frankenstein ou o moderno Prometeu foi publicado em 1 de janeiro de 1818 por uma pequena editora de Londres, a Lackington, Hughes, Harding, Mavor & Jones, após ter sido rejeitada por duas outras editoras. A publicação não continha o nome da autora, somente um prefácio escrito por Percy Bysshe Shelley, seu noivo, e uma dedicatória a William Godwin, seu pai. A primeira edição foi feita em três volumes e teve impressas somente 500 cópias.
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Em 1815 o Monte Tambora na ilha de Sumbawa, na atual Indonésia, entrou em erupção. Como consequência, um milhão e meio de toneladas de poeira foram lançadas na atmosfera, bloqueando a luz solar, deixando o ano de 1816 sem verão no hemisfério norte.
Neste ano, Mary Shelley, então com 19 anos e ainda com o nome de solteira Mary Wollstonecraft Godwin, e seu futuro marido, Percy Bysshe Shelley, foram passar o verão a beira do Lago Léman, onde também se encontrava o amigo e escritor Lord Byron. Forçados a ficar confinados por vários dias em ambiente fechado pelo clima hostil anormal para a época e local, os três e mais outro hóspede, o também escritor John Polidori, passavam o tempo lendo uns para o outros historias de horror, principalmente histórias de fantasmas alemãs traduzidas para o francês.
Eventualmente Lord Byron propôs que os quatro escrevessem, cada um, uma história de fantasmas. Byron escreveu um conto que usaria em parte mais tarde na conclusão de seu poema Mazzepa. Inspirado por outro fragmento de história de Byron desta época, Polidori mais tarde escreveria o romance “O Vampiro”, que seria a primeira história ocidental contendo o vampiro como conhecemos hoje, e que décadas depois inspiraria Bram Stoker no seu Drácula. Porém, passados vários dias, Mary Shelley ainda não conseguira criar uma história. Eventualmente ela veio a ter uma visão sobre um estudante dando vida a uma criatura. Essa visão tornou-se a base da história de Frankenstein, a qual Mary Shelley veio a desenvolver em um romance, encorajada pelo seu futuro marido.
Desta forma, é curioso notar que o Frankenstein e o Vampiro vieram a ter sua gênese literária na mesma ocasião.
Shelley relatou sua versão da gênese da história no prefácio à terceira edição de seu romance.
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O nome da Criatura
Embora a cultura popular tenha associado o nome Frankenstein à criatura, esta não é nomeada por Mary Shelley. Ela é referida como “criatura”, “monstro”, “demônio”, “desgraçado” por seu criador. Após o lançamento do filme Frankenstein em 1933 o público passou a chamar assim a criatura. Isso foi adotado mais tarde em outros filmes. Alguns argumentam que o monstro é, de certa forma, um “filho” de Victor, e portanto pode ser chamado pelo mesmo sobrenome.
Frankenstein Ă© o antigo nome de uma antiga cidade na SilĂ©sia, local de origem da famĂlia Frankenstein. Mary Shelley teria conhecido um membro desta famĂlia, o que possivelmente influenciou sua criação.
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Edições
Mary Shelley completou o romance em 1817 e Frankenstein ou o moderno Prometeu foi publicado em 1 de janeiro de 1818 por uma pequena editora de Londres, a Lackington, Hughes, Harding, Mavor & Jones, após ter sido rejeitada por duas outras editoras. A publicação não continha o nome da autora, somente um prefácio escrito por Percy Bysshe Shelley, seu noivo, e uma dedicatória a William Godwin, seu pai. A primeira edição foi feita em três volumes e teve impressas somente 500 cópias.
Apesar das crĂticas desfavoráveis, a edição teve um sucesso de pĂşblico quase imediato. Ficou bastante conhecida, principalmente atravĂ©s de adaptações para o teatro e a obra foi traduzida para o francĂŞs. A segunda edição de Frankenstein foi publicada em 11 de agosto de 1823 em dois volumes, desta vez com o crĂ©dito como autora para Mary Shelley.
Em 31 de outubro a editora Henry Colburn & Richard Bentley lançou a primeira edição popular em um volume. Esta edição foi significativamente revisada por Mary Shelley, e continha um novo e longo prefácio escrito por ela, relatando a gênese da história. Esta edição é a mais conhecida e mais usada como base para traduções.
(Wikipédia)
Temas
Frankenstein aborda diversos temas ao longo do texto, sendo o mais gritante a relação de criatura e criador, com Ăłbvias implicações religiosas. Uma influĂŞncia notável na obra Ă© o poema ParaĂso Perdido de John Milton, que aborda a criação do homem e sua subseqĂĽente queda. A influĂŞncia torna-se explĂcita tanto atravĂ©s da epĂgrafe que cita trĂŞs versos do poema, quanto aparecendo diretamente em Frankenstein: Ă© um dos livros que a criatura lĂŞ.
A queda, ou a ruĂna, está bastante presente no livro de Shelley, que traça a destruição fĂsica e moral de Victor Frankenstein, e Ă© aludida nĂŁo sĂł nas citações de ParaĂso Perdido, como no prĂłprio tĂtulo da obra: O Moderno Prometeu. Prometeu Ă© um personagem da mitologia grega, um titĂŁ que, ao roubar um segredo reservado aos deuses para doá-lo a humanidade, Ă© severamente punido por Zeus. O paralelo com a trajetĂłria de Victor Frankenstein Ă© direto, e o livro deixa claro que o segredo da criação da vida a partir de matĂ©ria inanimada Ă© de natureza divina.
O poder exercido pela humanidade sobre a Natureza atravĂ©s da ciĂŞncia e da tecnologia Ă© outro tema principal da obra, e encaixa-se no espĂrito da Ă©poca, o estágio inicial da Revolução Industrial.
Outros temas sĂŁo abordados com menos ĂŞnfase. A amizade verdadeira Ă© tratada, com o CapitĂŁo Walton desejando tornar-se amigo de Victor, e Victor elaborando sobre ela ao se referir a sua amizade com Clerval.
Preconceito, ingratidão e injustiça também estão presentes. A criatura é sempre julgada por sua aparência, e agredida antes de ter uma chance de se defender. Em um episódio, o monstro salva uma garotinha inconsciente e, ao tentar devolvê-la para seu pai, é baleado e acusado de tê-la agredido. A inveja também aparece, ao subverter os bons sentimentos iniciais do monstro.
A expressĂŁo do sublime atravĂ©s da grandiosidade da Natureza Ă© um tema caro ao Romantismo, e aparece em Frankenstein nas descrições das grandes planĂcies de gelo e das paisagens da Europa.
Por fim, a inevitabilidade do destino, tema muito desenvolvido na literatura clássica, é constatemente aludida ao longo do romance, que é uma obra que se presta a múltiplas interpretações e leituras.
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Adaptações
O romance foi primeiramente adaptado para o teatro, e posteriormente para um grande nĂşmero de mĂdias, incluindo rádio, televisĂŁo e cinema, alĂ©m de quadrinhos.
A primeira adaptação para o cinema foi feita pelos Edison Studios em 1910. Foi produzida por Thomas Edison e trazia Charles Ogle no papel da criatura. Uma das mais famosas transposições do romance para as telas é a realizada em 1931 pela Universal Pictures, dirigida por James Whale, com Boris Karloff como o Monstro (veja a entrada na IMDb). Esta adaptação deu a aparência mais conhecida do monstro, com uma cabeça chata, parafusos no pescoço e movimentos pesados e desajeitados (apesar do livro descrever a criatura como extremamente ágil). Este filme tornou-se um clássico do cinema. Um grande número de continuações seguiram-se, mas desta vez divergindo bastante da história narrada no romance.
Em 1994 foi lançada uma adaptação cinematográfica dirigida por Kenneth Branagh de nome Mary Shelley's Frankenstein (veja a entrada IMDb), com o prĂłprio Branagh no papel de Victor Frankenstein, Robert De Niro como a criatura e Helena Bonham Carter como Elizabeth. Apesar do tĂtulo sugerir uma adaptação fiel, o filme toma uma sĂ©rie de liberdades com a histĂłria original.
As representações do Monstro e sua história têm variado bastante, de uma simples máquina de matar sem capacidade de reflexão a uma criatura trágica e plenamente articulada, o que seria mais próximo do retratado no livro.
(Wikipédia)
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