há uma luminosa palidez nos candeeiros
presos em abóbadas
a sua luz não pode empurrar a treva
deixa-se esbater em partículas
a treva sempre se vangloriou disso
m.f.s.
os pés das mulheres descalças
os pés que acariciaram a pele das
montanhas em rocha viva
os pés das mulheres são esculturas de carne rija
os nós dos dedos não suportam anéis
as mulheres de dedos de pedra
são as esculturas andantes
das montanhas em carne viva
m.f.s.
1 comentário:
Faço votos para que esta linhas sejam um dia publicadas, juntamente com outra poesia que certamente haverá pelas gavetas da m.f.s...
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