O DESCONHECIDO
Por que penso em anjos,
Porquê em assassinos?
Armo-me acaso contra eles
com esta rosa de papel sem perfume?
Um homem parece acenar-
medo outro lado da rua.
Está vestido de negro
como sombra de si próprio.
Será anjo ou assassino?
Cheira a sangue ou a cinzas?
Na dúvida atravesso a rua
procurando-o com o olhar.
Às vezes gostava de viver
esquecido de todos, menos dos fantasmas.
O desconhecido desapareceu
e nesse mesmo lugar deponho a rosa de papel.
Lasse Söderberg
Em voz alta
Poesia & Performance
Porto 2001
Campo das Letras
1 comentário:
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