Premier jour
Des draps blancs dans une armoire
Des draps rouges dans un lit
Un enfant dans sa mère
Sa mère dans les douleurs
Le père dans le couloir
Le couloir dans la maison
La maison dans la ville
La ville dans la nuit
La mort dans un cri
Et l'enfant dans la vie.
Jacques Prévert
sexta-feira, novembro 28, 2008
sábado, outubro 11, 2008
sexta-feira, outubro 03, 2008
quinta-feira, outubro 02, 2008
Cinema francês
Cinema francês ao longo de 30 dias
CRISTIANO PEREIRA
A nona edição da Festa do Cinema Francês arranca esta quinta-feira, às 21.30 horas, no Cinema São Jorge, em Lisboa. O certame prolonga-se durante um mês e estende-se, também, a salas de Almada, Coimbra, Porto e Faro.
Uma das novidades desta edição passa pela criação de duas novas secções: "Cannes em Portugal" e "Paris-Lisboa". A primeira pretende ser uma homenagem à Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes e promete a exibição de 19 filmes que passaram na Quinzena neste últimos anos mas que nunca chegaram a ser estreados em salas portuguesas. A segunda é organizada em parceria com a Cinemateca Portuguesa e apresentará dez filmes rodados nas cidades de Paris e Lisboa. A abertura desta nova secção será asinalada por um cine-concerto do artista Jacques Cambra, segunda-feira, na Cinemateca.
O certame arranca com a projecção de "Les femmes de l'ombre", de Jean-Paul Salomé.
Até dia 2 de Novembro, a Festa do Cinema Francês alarga a sua programação a nove salas de cinco cidades, propondo uma oferta que amealha valores seguros como Alain Corneau ("Le deuxième souffle"), Cèdric Klapisch ("Paris") ou, entre outros, Robert Guédiguian ("Lady Jane") e novos talentos como Eric Guirado ("Le fils de l'épicier"), Julie Lopes-Curval ("Toi & Moi") ou Cédric Anger ("Le tuer"). Pelo meio, destaca-se "Entre les murs", de Laurent Cantet, que ganhou a Palma de Ouro 2008.
Paralelamente, este evento organizado pelo Instituto Franco-Português propõe iniciativas como exibições de curtas metragens, concertos, exposições ou a sessão de apresentação de "Beijos de luz", o livro de Éric Fottorino, actual director do jornal "Le Monde".
CRISTIANO PEREIRA
A nona edição da Festa do Cinema Francês arranca esta quinta-feira, às 21.30 horas, no Cinema São Jorge, em Lisboa. O certame prolonga-se durante um mês e estende-se, também, a salas de Almada, Coimbra, Porto e Faro.
Uma das novidades desta edição passa pela criação de duas novas secções: "Cannes em Portugal" e "Paris-Lisboa". A primeira pretende ser uma homenagem à Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes e promete a exibição de 19 filmes que passaram na Quinzena neste últimos anos mas que nunca chegaram a ser estreados em salas portuguesas. A segunda é organizada em parceria com a Cinemateca Portuguesa e apresentará dez filmes rodados nas cidades de Paris e Lisboa. A abertura desta nova secção será asinalada por um cine-concerto do artista Jacques Cambra, segunda-feira, na Cinemateca.
O certame arranca com a projecção de "Les femmes de l'ombre", de Jean-Paul Salomé.
Até dia 2 de Novembro, a Festa do Cinema Francês alarga a sua programação a nove salas de cinco cidades, propondo uma oferta que amealha valores seguros como Alain Corneau ("Le deuxième souffle"), Cèdric Klapisch ("Paris") ou, entre outros, Robert Guédiguian ("Lady Jane") e novos talentos como Eric Guirado ("Le fils de l'épicier"), Julie Lopes-Curval ("Toi & Moi") ou Cédric Anger ("Le tuer"). Pelo meio, destaca-se "Entre les murs", de Laurent Cantet, que ganhou a Palma de Ouro 2008.
Paralelamente, este evento organizado pelo Instituto Franco-Português propõe iniciativas como exibições de curtas metragens, concertos, exposições ou a sessão de apresentação de "Beijos de luz", o livro de Éric Fottorino, actual director do jornal "Le Monde".
domingo, setembro 28, 2008
quarta-feira, setembro 17, 2008
domingo, agosto 31, 2008
Salvador Espriu
ENSAIO DE CÂNTICO NO TEMPLO
Ah, que farto que eu estou da minha
cobarde e velha terra, tão selvagem,
e como gostaria de abalar
para o norte
onde dizem que a gente é limpa e nobre, culta e rica,
viva, livre, feliz!
Então, na confraria, os irmãos diriam
reprovando: «Como pássaro que deixa o ninho,
assim o homem que deixa o lugar»,
enquanto eu, bem longe, riria
da lei, da sabedoria .
antiga desta terra tão ávida.
Porém de que me serve prosseguir um sonho-
¬aqui hei-de ficar até morrer,.
pois cobarde e selvagem também eu o sou,
e além disso amando
com dor desesperada
esta pobre,
suja, triste, desgraçada pátria minha.
Salvador Espriu
Trocar de Rosa
Traduções de Eugénio de Andrade
Na Regra do Jogo
1980
Ah, que farto que eu estou da minha
cobarde e velha terra, tão selvagem,
e como gostaria de abalar
para o norte
onde dizem que a gente é limpa e nobre, culta e rica,
viva, livre, feliz!
Então, na confraria, os irmãos diriam
reprovando: «Como pássaro que deixa o ninho,
assim o homem que deixa o lugar»,
enquanto eu, bem longe, riria
da lei, da sabedoria .
antiga desta terra tão ávida.
Porém de que me serve prosseguir um sonho-
¬aqui hei-de ficar até morrer,.
pois cobarde e selvagem também eu o sou,
e além disso amando
com dor desesperada
esta pobre,
suja, triste, desgraçada pátria minha.
Salvador Espriu
Trocar de Rosa
Traduções de Eugénio de Andrade
Na Regra do Jogo
1980
Vítor Nogueira
CINCO VISITAS AO PÁSSARO-DA-MORTE
ANZOL
Ao fim da tarde, o cardume desagrega-se. Inteiro,
procuro reunir os meus pedaços. É a sensatez
de não abandonar o, esconderijo, a prudência com
que a ave canora evita o pássaro-da-morte.
Porém, noites há que me rebentam nos ouvidos.
Todas as experiências, todos os bocados de papel.
Um anzol à minha espera, a cidade é paciente, não
perdoa. Tem a astúcia da ave de rapina.
Bem sei: na vida, o primeiro golpe de génio
acontece no momento em que avaliamos
as nossas limitações. Mas, por muito calculistas
que sejamos, podemos realmente conhecer-nos
quando o abrigo se torna insuportável.
Vítor Nogueira
Telhados de Vidro
N.º 3
Novembro 2004
ANZOL
Ao fim da tarde, o cardume desagrega-se. Inteiro,
procuro reunir os meus pedaços. É a sensatez
de não abandonar o, esconderijo, a prudência com
que a ave canora evita o pássaro-da-morte.
Porém, noites há que me rebentam nos ouvidos.
Todas as experiências, todos os bocados de papel.
Um anzol à minha espera, a cidade é paciente, não
perdoa. Tem a astúcia da ave de rapina.
Bem sei: na vida, o primeiro golpe de génio
acontece no momento em que avaliamos
as nossas limitações. Mas, por muito calculistas
que sejamos, podemos realmente conhecer-nos
quando o abrigo se torna insuportável.
Vítor Nogueira
Telhados de Vidro
N.º 3
Novembro 2004
sábado, agosto 16, 2008
sexta-feira, agosto 15, 2008
quarta-feira, agosto 13, 2008
segunda-feira, agosto 11, 2008
sábado, agosto 02, 2008
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